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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ensaio de Compaixão




Pelo Espírito Meimei. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Esperança e Vida. Lição nº 04. Página 16.

E fiquei a pesar, indagando de mim própria quanto ao motivo de analisar, com tanta volúpia, os defeitos alheios.

Se notícias de um delito espetacular me alcançasse os ouvidos, fixava-me na busca de pormenores da ocorrência, a fim de desenhar na memória a figura do agressor; se algum problema de sovinice me viesse ao acontecimento, procurava as causas do desajuste para reprovar intimamente quem estivesse cultivando a cobiça; se algum desequilíbrio emotivo aparecesse, alterando negativamente essa ou aquela pessoa empenhava-me a conhecer o portador de semelhante irregularidade, de modo a evitar-lhe a presença; se algum distúrbio, surgisse, complicando grupos sociais, mentalizava-lhe as origens, para censurar aqueles que o provocassem prejudicando o caminho de muita gente.

- Por que - perguntava a mim mesma - essa inclinação para condenar instintivamente os outros, sem a menor consideração?

- Por que me arraigar no mal se conhecia a estrada do bem?

Foi quando um mentor amigo acorreu em meu socorro e observou:

- Filha, o aperfeiçoamento é a obra de muito esforço em longo tempo.

Já passei pelo hábito das indagações inúteis e só consegui a superação desejada, colocando-me no lugar dos irmãos que supomos errados.

E prosseguiu, depois de pequeno intervalo:

- Qual seria o seu comportamento, se visse o assassinato de um filho, sob os seus próprios olhos?

- Como reagiria você perante uma filha que trocasse a tranquilidade do lar pelas aventuras infelizes?

- Como procederia você, a fim de proteger vários filhos pequeninos com o esposo em penúria, dentro de longo período de hospitalização?

- E se um obsessor com larga força de afinidade sobre o seu psiquismo, a induzisse, através de hipnoses reiteradas à degradação de si própria, o que faria?

Ante o meu silêncio, o amigo aditou:

- Pensemos por nós mesmos. Certamente as Leis de Deus nos concedem facilidades para julgar as nódoas alheias, a fim de observarmos as nossas próprias fraquezas, aprendendo compreensão e misericórdia, de maneira a nos corrigir sem exercícios difíceis de suportar...

O instrutor despediu-se, sorrindo, e conclui que, pela Bondade do Senhor, ali tivera, no chamado Mais Além, o meu primeiro ensaio de compaixão.



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Examinemos a nós mesmos




Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Opinião Espírita. Lição nº 01. Página 19.

Questão 919 do Livro dos Espíritos: Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

O dever do espírita cristão é tornar-se progressivamente melhor.
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima.
Espírita cristão que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
Testa a paciência própria: - Estás mais calmo, afável e compreensivo?
Inquire as tuas relações na experiência doméstica: - Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: - Colaboras com mais euforia na seara do Senhor?
Observa-te nas manifestações perante os amigos: - Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?
Reflete em tua capacidade de sacrifício: - Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?
Pesquisa o próprio desapego: - Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?
Usas mais intensamente os pronomes "nós", "nosso" e "nossa" e menos os determinativos "eu", "meu" e "minha"?
Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?
Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?
Dissipaste antigos desafetos e aversões?
Superaste os lapsos crônicos de desatenção e negligência?
Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
Entendes melhor a função da dor?
Ainda cultivas alguma discreta desavença?
Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
Tens orado realmente?
Teus ideais evoluíram?
Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras?
Evangelho é alegria no coração: - Estás, de fato, mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos?
Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!
Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Diferentes estados de alma na erraticidade.


FONTE: Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. 3 - Há muitas moradas na casa do Pai


            1 – Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. – Há muitas moradas na casa de meu pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito; pois vou preparar-vos o lugar. E depois que eu me for, e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que lá onde estiver, estejais vós também. (João, XIV:1-3).

                2 – A Casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento.

                Independentemente da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz dos Espíritos na erraticidade. Conforme for ele mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver, o aspecto das coisas, as sensações que experimentar, as percepções que possuir, tudo isso varia ao infinito. Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos. Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito. Enquanto, enfim, o malvado, cheio de remorsos e pesares, freqüentemente só, sem consolações, separado dos objetos da sua afeição, geme sob a opressão dos sofrimentos morais, o justo, junto aos que ama, goza de uma indizível felicidade. Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem circunscritas.




sexta-feira, 3 de maio de 2013

Centros de Forças






O fato do corpo físico constituir o reflexo do corpo espiritual vem, por sua vez, retratar em si o corpo mental que lhe preside a alma.
Do ponto de vista de sua constituição e função, o perispírito é o veículo por excelência para o trabalho na esfera espiritual após a morte. "Com sua estrutura eletromagnética algo modificada no que tange aos fenômenos Genésicos e Nutritivos de acordo com as aquisições da mente".

Em Evolução em Dois Mundos "André Luiz" fala... é nesse santuário vivo de formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessintura as células noutra faixa vibratória, á face do sistema de permuta viceralmente renovado se distribuem mais ou menos á feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço, segundo a sua condição específica e apresentando estados morfológicos, conforme o campo mental a que se ajustem em que a criatura continua a sua jornada evolutiva nos domínios da experiência.

Nesse santuário, o espírito possui todo o equipamento de recursos automáticos que governam bilhões de entidades micro-cópias a serviço da inteligência nos círculos de ação, como recursos adquiridos vagarosamente podem ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação nos diferentes setores da evolução da alma.

O Perispírito

O Perispírito rege á atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, através dos Centros de Força, que são os Fulcros Energéticos, ou Plexos que sob a direção automática da alma, imprimem nas células á especialização.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sobre Mágoa e Perdão


Retirado do Livro: Servidores da Luz na Transição Planetária
Autor: Wanderley Oliveira

O perdão só acontece quanto temos coragem de descobrir qual foi a nossa contribuição para que o contexto que nos magoou acontecesse.
Não somos meras vítimas da ofensa alheia. Na relação humana, mesmo o ofendido constrói condições para que os fatos se desenrolem.
É necessário coragem e humildade para olhar as ilusões que temos a respeito de nós e das pessoas com as quais nos relacionamos. Perceber nossa responsabilidade e desfocar da mente do ofensor é o verdadeiro segredo a caminho da compreensão. Isso nos alivia e faz perceber em quanta mentira acreditamos a respeito da nossa convivência. Quem não sabe dizer "não", quem espera dos outros o que eles não podem ou não querem dar, quem, enfim, deposita confiança excessiva em alguém, certamente será magoado.

A relação humana sadia exige limites, o amor não é um contrato em que um faz o que o outro deseja.
Amor verdadeiro solicita honestidade emocional, autoamor preservativo e uma enorme capacidade de doação, pela simples motivação de fazer o outro feliz sem esperar algo em troca.

O conceito do perdão como atitude de esquecer o mal que alguém nos fez ou como uma virtude de retomar o relacionamento com o ofensor da mesma maneira que antes da ofensa é um enfoque que precisa ser reconsiderado, porque perdão não tem nada a ver com esquecimento das faltas ou negação da dor emocional para continuar a relação com alguém da mesma maneira.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Esquecimento do Passado



Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. 5 - Bem aventurados os aflitos

ESQUECIMENTO DO PASSADO
                11 – É em vão que se aponta o esquecimento como um obstáculo ao aproveitamento da experiência das existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar um véu sobre o passado, é que isso deve ser útil. Com efeito, a lembrança do passado traria inconvenientes muito graves. Em certos casos, poderia humilhar-nos estranhamente, ou então exaltar o nosso orgulho, e por isso mesmo dificultar o exercício do nosso livre arbítrio. De qualquer maneira, traria perturbações inevitáveis às relações sociais.

            O Espírito renasce freqüentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido.

            Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas; e nos tira o que poderia prejudicar-nos.

            O homem traz, ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi: se estiver sendo punido, é porque fez o mal, e suas más tendências atuais indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já não restam sinais. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, que o adverte do bem e do mal e lhe dá a força de resistir às más tentações.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Os Laços de Família são Fortalecidos pela Reencarnação e Rompidos pela Unicidade da Existência


EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAP. 4 - Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo. 

18 – Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Pelo contrário, são fortalecidos e reapertados. O princípio oposto é que os destrói.

            Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias, unidos pela afeição, pela simpatia e a semelhança de inclinações. Esses Espíritos, felizes de estarem juntos, procuram-se. A encarnação só os separa momentaneamente, pois que, uma vez retornando a erraticidade, eles se reencontram, como amigos na volta de uma viagem. Muitas vezes eles seguem juntos na encarnação, reunindo-se numa mesma família ou num mesmo círculo, e trabalham juntos para o seu progresso comum. Se uns estão encarnados e outros não, continuarão unidos pelo pensamento. Os que estão livres velam pelos que estão cativos, os mais adiantados procurando fazer progredir os retardatários. Após cada existência terão dado mais um passo na senda da perfeição.

            Cada vez menos apegados à matéria, seu afeto é mais vivo, por isso mesmo que mais purificado, não perturbado pelo egoísmo nem obscurecido pelas paixões. Assim, eles poderiam percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum acidente perturbe sua afeição comum.

            Estenda-se bem que se trata aqui da verdadeira afeição espiritual, de alma para alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, pois os seres que se unem na Terra apenas pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se preocuparem no mundo dos Espíritos. Só são duráveis as afeições espirituais. As afeições carnais extinguem-se com a causa que as provocou; ora, essa causa deixa de existir no mundo dos Espíritos, enquanto a alma sempre existe. Quanto às pessoas que se unem somente por interesse, nada são realmente uma para outra: a morte as separa na Terra e no Céu.